TFG (parte 4d) - 3. PROPOSTA - uma proposta melhor fundamentada
- Lu_rsr
- 16 de fev. de 2023
- 6 min de leitura
Uma proposta melhor fundamentada
Como reflexo das criticas apresentadas pela banca, houve uma reformulação no programa de necessidades, tendo maior significância a substituição da sala de teatro menor por um auditório.
Da mesma forma, os estudos de casos discutidos anteriormente também ajudaram a refletir e entender questões importantes do projeto que até, então, mostravam-se deficientes. Dentre eles, destaca-se a necessidade de espaços mais agradáveis, que se relacionem melhor com a cidade, com o entorno, com o pedestre e com o usuário. Espaços que despertem interesse, que sejam acolhedores àqueles que caminham. Originar, por exemplo, uma qualidade espacial dentro do conjunto para possibilitar uma leitura mais fácil e estimulante. Ou então, trabalhar com as formas e recuos do edifício.
Essa revisão e reflexão do trabalho como um todo possibilitou, portanto, a busca de um partido mais condizente às intenções propostas por haver uma clareza, uma conscientização das questões abordadas no estudo e mal resolvidas no projeto.
Levando em consideração os estudos apresentados, as principais diretrizes nesta nova proposta foram: criar um espaço articulador principal - mais envolvente e melhor percebido por aqueles caminham - e, ao mesmo tempo, estabelecer uma hierarquia entre os espaços e entre as atividades do programa, criando, assim, um conjunto melhor articulado e de mais fácil entendimento funcional.

Figura 141: croqui Planta Térreo - hierarquização dos espaços e das atividades
Croqui elaborado pelo autor. Ago/2011.
Pensou-se, então, na criação de um átrio que trouxesse qualidade espacial ao conjunto e permitisse a leitura das atividades que ali se estabelecem: restaurante, espaços para eventos, áreas de exposições, teatro, auditório e escola de artes cênicas, além de espaços livres e dos meios de circulações dentro do conjunto. Da mesma forma, pensou-se na criação de um piso público intermediário que permitisse uma nova leitura e melhor entendimento desse espaço. Nele, também, se daria o acesso ao bar-café que, por sua vez, também explora as visuais da cidade, ressaltando-se a vista para o monumento do Obelisco (Parque do Ibirapuera). Um acesso alternativo ao teatro também foi pensado para este piso de forma a estimular o uso variado deste espaço público, assim como, favorecer a integração entre pessoas com interesses e objetivos inicialmente diferentes.

Figura 142: croqui composição interna do Átrio
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.
Os novos estudos procuraram, então, desenvolver soluções mais minuciosas nas questões abordadas ao longo deste estudo: relação com o entorno, criação de identidades, valorização do espaço público e do equipamento cultural, bem estar urbano, entre outros.
Assim, as delimitações de espaços, sobretudo periféricos a circulações / eixos principais, foram pensadas de forma a induzir, por exemplo, indivíduos a apreciação de determinadas vistas da cidade ou de espaços com características distintas.

Figura 143: croqui intenções estabelecidas Planta 1 Subsolo
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.

Figura 144: croqui perspectiva isométrica 1 Subsolo
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.

Figura 145: croqui intenções estabelecidas Planta Térreo
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.

igura 146: croqui insolação e ventilação corte longitudinal
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.

Figura 147: croqui insolação e ventilação corte transversal 1
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.

Figura 148: croqui insolação e ventilação corte transversal 2
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.

Figura 149: croqui visuais e circulações públicas corte transversal
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.

Figura 150: croqui composição fachada R. Correia Dias
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.

Figura 151: croqui composição fachada Av. 23 de Maio
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.

Figura 152 (composição duas imagens): croqui estudos de inclinação do pilar
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.

Figura 153: croqui visuais e circulações públicas corte transversal
Croqui elaborado pelo autor. Set/2011.
Partido Volumétrico / Distribuição do Programa
A predominância de baixos gabaritos - como analisado pelo levantamento da área - propiciou uma solução mais horizontal do conjunto. Dessa forma, as atividades forma distribuídas ao longo do terreno, destinando-se cada “caixa” a uma atividade principal.
Para dar unidade ao conjunto e integrar essas atividades, foi criado um invólucro. Essa solução também permitiu a criação de espaços livres com diferentes características como, por exemplo: áreas mais sombreados, mais aconchegantes, mais movimentados, mais instigantes. Porém, para não perder a visibilidade da variedade das atividades existentes, assim como, a qualidade desses espaços públicos, optou-se pela transparência do vidro.
Ainda que haja certa independência entre as “caixas", a preocupação de mantê-las integradas foi justamente para estimular aos demais usos. Logo, o espaço público se estabeleceu como principal conector e expositor dessas atividades, além de propiciador do convívio social e bem estar urbano.
O enquadramento das "caixas", bem como, os grandes envidraçamentos foram pensados na intenção de reforçar o valor das visuais para a cidade - quem está usufruindo do conjunto é induzido a apreciar a vista exterior -, ao mesmo tempo, propiciar a relação inversa - quem está passando por ali tem a possibilidade de saber o que acontece no interior do conjunto.

Figura 154: croqui Perspectiva Av. 23 de Maio (sentido bairro)
Croqui elaborado pelo autor. Out/2011.

Figura 155: croqui Perspectiva interna Hall (áreas comuns, acesso metrô, vista para a Catedral)
Croqui elaborado pelo autor. Out/2011.

Figura 156: croqui Perspectiva Av. Bernadino de Campos x R. Correia Dias
Croqui elaborado pelo autor. Out/2011.
Um dos principais fatores determinantes para o posicionamento do foyer do Teatro, por exemplo, foi justamente a possibilidade de apreciação de um panorama da cidade: tanto no sentido da área verde e Av. 23 de Maio, quanto no sentido da Praça e da Catedral. Uma outra decisão influenciada pela intenção de qualificar os espaços através das visuais da cidade foi o posicionamento da área de convivência do corpo artístico e de funcionários: no último pavimento.
Dando continuidade a proposta, questões referentes, por exemplo, à ventilação, à insolação, à distribuição e restrição de fluxos do programa e à estrutura, foram trabalhadas de forma a qualificar o conjunto principalmente sob aspectos formais. Assim, explorou-se soluções que pudessem gerar uma identidade ao conjunto.
As "caixas" voltadas para Av. 23 de Maio, por exemplo, recebem grande incidência solar. Tanto a opção pelos brises, quanto a criação de recuos entre as "caixas" foram pensados para haver a proteção dessa incidência mas, também, criar áreas mais ou menos sombreadas. Além disso, essa composição das "caixas" permitiu a criação de movimento na fachada em questão, instigando aquele se depara com o conjunto.
Outro exemplo foi a decisão de se criar um "vazio" entre as salas de aula da Escola. Dessa forma, foi possível estabelecer melhor ventilação e iluminação natural, qualificando não só os espaços da Escola, como também o espaço público existente no piso intermediário do conjunto.

Figura 157: croqui de detalhe construtivos
Croqui elaborado pelo autor. Out/2011.

Figura 158: detalhe de fechamento - treliça espacial
Ilustração elaborada pelo autor. Out/2011.

Figura 159: Plantas Esquemáticas
Ilustração elaborada pelo autor. Out/2011.

Figura 160: Perspectiva Explodida do conjunto
Ilustração elaborada pelo autor. Out/2011.

Figura 161: Corte esquemático
Ilustração elaborada pelo autor. Out/2011.
3.3.2. REPRESENTAÇÃO FINAL

Figura 162: Planta estacionamento e implantação (Esc. 1:2000)
Desenho elaborado pelo autor. Out/2011.

Figura 163: Planta 1º Subsolo (Esc. 1:1000)
Desenho elaborado pelo autor. Out/2011.

Figura 164: Planta Térreo (Esc. 1:1000)
Desenho elaborado pelo autor. Out/2011.

Figura 165: Planta 1º e 2º Pavimento (Esc. 1:1000)
Desenho elaborado pelo autor. Out/2011.

Figura 166: Planta 3º e 4º Pavimento (Esc. 1:1000)
Desenho elaborado pelo autor. Out/2011.

Figura 167: Planta 5º e 6º Pavimento (Esc. 1:1000)
Desenho elaborado pelo autor. Out/2011.

Figura 168: Cortes A, B, C e D (Esc. 1:1000)
Desenho elaborado pelo autor. Out/2011.

Figura 169: Elevações 1, 2 e 3 (Esc. 1:1000)
Renderização realizada por Felipe Sato em parceria com o autor. Out/2011.

Figura 169: Elevações 1, 2 e 3 (Esc. 1:1000)
Renderização realizada por Felipe Sato em parceria com o autor. Out/2011.

Figura 170: Perspectiva Av. 23 de Maio (sentido centro) x R. Cubatão / Vista elevação 2
Renderização realizada por Felipe Sato em parceria com o autor. Out/2011.

Figura 171: Perspectiva Av. Bernadino de Campos x R.Correia Dia
Renderização realizada por Felipe Sato em parceria com o autor. Out/2011.

Figura 172: Perspectiva acesso ao átrio (a partir da R. Correia Dias)
Renderização realizada por Felipe Sato em parceria com o autor. Out/2011.

Figura 173: Perspectiva Av. Bernadino de Campos (sobre Viaduto Sta. Generosa) x Av. 23 de Maio
Renderização realizada por Felipe Sato em parceria com o autor. Out/2011.

Figura 174: Perspectiva R. Cubatão x R. Correia Dias (elevação 1)
Renderização realizada por Felipe Sato em parceria com o autor. Out/2011.

Figura 175: Perspectiva Interna do Átrio (a partir do nível intermediário público)
Renderização realizada por Felipe Sato em parceria com o autor. Out/2011.

Figura 176: Perspectiva Interna do Hall 1 (vista para a Catedral)
Renderização realizada por Felipe Sato em parceria com o autor. Out/2011.

Figura 177: Perspectiva Noturna Av. Bernadino de Campos (sobre Viaduto Sta. Generosa) x Av. 23 de Maio
Renderização realizada por Felipe Sato em parceria com o autor. Out/2011.


Figura 178 (composição de 8 imagens): Fotos da Maquete Física
Arquivo pessoal do autor.
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