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TFG (parte 1) - INTRODUÇÃO

  • Lu_rsr
  • 12 de out. de 2022
  • 4 min de leitura

A discussão que aqui se desenvolve é resultado do Trabalho Final de Graduação da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Presbiteriana Mackenzie, trazendo como temática a Arquitetura e o Espaço Público da Cidade.


O objetivo do presente trabalho é aprofundar a compreensão da relação existente entre a arquitetura e o espaço público da cidade. Pretende-se verificar como esta relação interfere na dinâmica do entorno e da cidade, assim como, se exprime na concepção de um projeto. Quais circunstâncias valorizam o uso público de uma edificação: fatores que aproximam ou distanciam as pessoas de edifícios; fatores que estimulam a diversidade de usos inusitados; como distinguir os espaços restritos de espaços públicos; como estabelecer a identidade do objeto com a cidade e o cidadão.


Para melhor entendimento, o foco se dará na análise desses aspectos em relações aos equipamentos públicos culturais. Como esses equipamentos se inserem na cidade? Como o conjunto se relaciona com o entorno? Qual a importância da implantação do projeto?

É por meio desse estudo, então, que se pretende apresentar uma tipologia de equipamento cultural condicionado pelo espaço público. Pensando-se no desenvolvimento de uma arquitetura estruturada no entorno para permitir não só a programada vida interna, como também, uma vida externa – acontecendo de formas relacionadas ou independentes, ainda assim, possíveis de ocorrerem simultaneamente.


Pretende-se, com isso, exaltar a importância do espaço público na concepção de um projeto, de um equipamento. O valor que é acrescido à arquitetura, à cidade, ao cidadão, ao usuário. A singularidade que ele confere ao projeto por se formar a partir de elementos, características e circunstâncias locais – de um contexto pré-existente. Gerando, dessa forma, um vínculo único entre a arquitetura desenvolvida e seu sítio de intervenção.


Desde a antiguidade até os tempos atuais a questão do espaço público gera discussões e reflexões. Verifica-se uma busca constante pela compreensão desse espaço que cerca o ser humano. Será esse espaço um elemento estruturador de uma cidade como se observa nas cidades clássicas? Ou será ele um elemento compositor e/ou complementar como ocorre nas cidades atuais?


Sendo o cidadão o protagonista da vida urbana, não é esperado que possa usufruir da cidade a qualquer momento? A qualidade da relação existente entre o habitante da cidade e sua urbe é revelada pelo uso que ele destina a cada espaço dela. A finalidade dos espaços públicos é justamente gerar essas possibilidades, permitir esse envolvimento do cidadão, ajudar a construir uma identidade com a cidade.


Entretanto, esses espaços se restringem ao serem desconsiderados ou mal contemplados no desenvolvimento de um projeto. Os principais aspectos abordados nos projetos refletem, na maioria dos casos, questões particulares, de interesses privativos ou essencialmente funcionais. Por vezes, o cuidado com o espaço público revela-se, ainda que por um ato inconsciente, pelo respeito a um recuo mínimo exigido pela prefeitura. Já, num ato consciente, esse cuidado se revela, por exemplo, no tratamento da qualidade desse recuo, seja com propostas paisagísticas, desenvolvimento de mobiliários urbanos incorporados ao empreendimento, uso de fachadas envidraçadas ou coberturas para passeios.


Todavia, o agravante está nos empreendimentos que incorporam equivocadamente esses espaços comuns da cidade ao uso privativo desses estabelecimentos – seja com mesas dificultando a passagem, seja com veículos obstruindo o fluxo, seja pelo imóvel invadindo o recuo. O espaço público, aqui, deixa de existir e, neste aspecto, debilita a qualidade da cidade e fragiliza a relação do cidadão com sua urbe.


Em especial, o equipamento público, que deveria potencializar essas características essenciais do espaço público, nega, em alguns dos casos, esta relação ao não abordar questões elementares: como esse equipamento estimulará o uso do espaço, como instigará o desenvolvimento cultural, como desenvolverá sua identidade com o cidadão, como refletirá na dinâmica da cidade. O agravante, neste caso, se observa quando não há o desenvolvimento desses aspectos e ainda há restrições de acesso aos cidadãos, por exemplo, determinados dias ou horários – quando seu programa não está em funcionamento. Logo, a cidade perde valor para o cidadão já que ele não considera este local como seu e de seu coletivo, mas como uma referência de programa que, por vezes, não o interessa.


É importante, portanto, conscientizar-se da relevância que o espaço público tem para a cidade e para o cidadão. Entender como trabalhar esse espaço de forma a valorizar o empreendimento, favorecer o cidadão e vinculá-los na dinâmica da cidade. É justamente esta articulação de espaços que permite o desenvolvimento de um projeto que criará valor não só individual ou particular, mas, principalmente, coletivo e para a cidade.

Para organizar esse estudo, então, o trabalho foi estruturado em duas partes principais: a primeira abordando aspectos conceituais e a segunda registrando o reflexo desse estudo na prática projetual.


Assim, o primeiro capítulo destina-se ao entendimento dos conceitos aqui referidos: espaço público e equipamento cultural - as relações existentes entre eles, com a cidade, com o cidadão, com o usuário e o reflexo dessas relações.


No segundo capítulo - estudos de casos -, procura-se descobrir e analisar como essas relações se revelam nos equipamentos culturais escolhidos para melhor entender e poder explorar situações, circunstâncias ou elementos que favoreçam esse envolvimento.


No último capítulo, então, há o registro do exercício projetual desenvolvido junto ao estudo, servindo de apoio para reflexões e entendimento das questões abordadas.


.....

COMPLEMENTE SUAS REFLEXÕES COM OS DEMAIS POSTS DESTE TFG

MONOGRAFIA NA ÍNTEGRA: https://www.4shared.com/s/fv7JMy0REce


RODRIGUES, L. Arquitetura e Espaços Públicos o caso dos equipamentos culturais: o projeto de um teatro. Monografia (Graduação em Arquitetura e Urbanismo). Faculdade de Arquitetura e Urbanismo, Universidade Presbiteriana Mackenzie.São Paulo,p.113. 2011.

1 comentário


JoeR Enfo
JoeR Enfo
09 de set.

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